Desvendando o Linux - parte I

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 Introdução


O Linux é sistema operacional gratuito oriundo do antigo Unix, cuja implementação se deve ao trabalho de Linus Torvalds. Inicialmente sua interface era praticamente toda textual, como o antigo DOS da Microsoft. Posteriormente, surgiu  a interface gráfica chamada X-Window, onde window, aqui, significa janela. Essa interface foi criada como um exercício para os alunos do MIT (Massachussets Institute of Technology), cujo objetivo era criar uma interface gráfica geral para todos os sistemas operacionais. Essa mesma interface roda no Windows e no Mac OS. Atualmente essa interface está sob o gerenciamento do X Consortium Inc.

Sistema gráfico


O sistema gráfico X-Window ou simplesmente X torna o processo da interface gráfica um processo separado. O programa responsável pelo gerenciamento gráfico no Linux é o XFree, um programa de código aberto, que possui todas as especificações para criação de gerenciadores de janelas no Linux. Como vantagem, isso permite que se escolha entre diversos gerenciadores de janelas. Alguns exemplos são:

KDE



O K Desktop Environment (KDE) é o mais famoso Ambiente de Desktop existente e possui interface amigável. Ele se baseia na biblioteca gráfica QT, é fácil de usar e configurar e suporta vários idiomas. Permite usar qualquer window manager compatível, incluindo o do próprio KDE. Também é possível mudar o tema das janelas.


GNOME

O GNOME, GNU Network Object Modeling Environment, está baseado na biblioteca GTK. Suas características são idênticas as do KDE, com alguns diferenciais. A RedHat contribuiu com seu desenvolvimento e ele vem ganhando cada vez mais espaço entre os usuários do Linux. O que mais chama a atenção neste sistema gráfico é o seu painel.


ENLIGHTENMENT

Possui vários temas e é totalmente configurável, podendo ser utilizado não só com o KDE como com o GNOME. Entretanto é um gerenciador de janelas que está se tornando pouco utilizado.



WINDOW MAKER

Foi criado inicialmente por um brasileiro e adotado por vários programadores ao redor do mundo. É fácil, leve e configurável. Vários de seus aplicativos possuem interface quadrada para se moldar melhor ao Desktop: os DockApps. Pode ser utilizado com vários temas e em conjunto com KDE ou GNOME.


AfterStep

Gerenciador simples bastante semelhante ao sistema operacional NeXT.



Unity



A interface gráfica Unity, lançada pelo Ubuntu, tem a característica de focar nas tarefas que o usuário realiza. Por isso, oferece um melhor espaço de tela. Outro ponto positivo é o fato de que uma mensagem de um programa não provoca o aparecimento repentino de uma tela de mensagem na frente do usuário, ofuscando o que o aplicativo em execução está fazendo. Ela é menos intrusiva nesse ponto.

No Unity tem-se o miniaplicativo, ícone na forma de um envelope, localizado na barra superior, que serve para leitura de e-mails, bate-papo e leitor de notícias. Também existe o Gwibber, aplicativo para Twitter e Facebook.

O acesso aos aplicativos é feito clicando-se no ícone do canto superior esquerdo e fazendo a busca pelo seu nome ou clicando no ícone categoria no rodapé da tela de busca e observando os aplicativos que são listados.

A previsão é que a partir da versão 14.04 do Ubuntu, o gerenciador de janelas X-window serja aposentado e substituído pelo Mir.

Distribuições Linux (distros)

O termo distro pode se referir, também, a distribuições do Linux. Existem várias distros, porém dez delas são bastante populares pela facilidade de uso e outras características.

Ubuntu

É a distro mais popular no momento tendo cerca de 1500 acessos por dia no site distrowatch, enquanto seu concorrente, o Fedora, conta com 1400 acessos. Essa distro nasceu em 2004 patrocinada pelo milionário sul-africano Mark Suttleworth. A Canonical é a empresa que está por trás do Ubuntu.

A distribuição é baseada no Debian e possui aplicativos bastante populares como o Firefox e o LibreOffice. Recebe atualizações semestrais e as versões de suporte por longo tempo (LTS), recebem atualizações de segurança no período de dois a cinco anos. Possui uma grande facilidade de uso e sua versão mais atual é a 13.10, codinome Saucy Salamander. A previsão de lançamento da próxima versão 14.04, codinome Trusty Tahr está previsto para 17 de abril de 2014. A interface gráfica atual do Ubuntu é a Unity, mostrada acima.

Possui suporte para monitores touch e atualmente é o sistema operacional de alguns tablets e celulares. Existem, ainda, subdistros com alternativas de interface gráfica diferentes do gnome, como Kubuntu, Xubuntu e Lubuntu.

Fedora

Essa é a versão gratuita da Red Hat, cujo RHEL (Red Hat Enterprise Linux) tem sido um sucesso comercial desde 2003. O Fedora é forte em recursos corporativos e os recebe antes mesmo da distribuição paga RHEL.

Seu calendário de atualização também é semestral e possui facilidades muito úteis a usuários iniciantes.

O Fedora possui suporte a impressão 3D através dos softwares OpenSCAD, Skeinforge, SFACT, Printrun e RepetierHost agora disponíveis nos repositórios do Fedora 19.


Linux Mint

Essa distro é derivada do Ubuntu e foi lançada em 2006. Possui ferramentas para melhoria da usabilidade do usuário tais como o mintDesktop, para configuração da área de trabalho, o mintInstall, para instalação mais facilitada dos softwares e o mintMenu, que torna mais fácil os menus.

É adequado para usuários iniciantes e possui vários codecs multimídia proprietários que, geralmente, estão ausentes em outras distribuições. Suas novas versões são lançadas logo após o lançamento de uma versão estável do Ubuntu.


OpenSUSE

Essa distribuição ocupa o quarto lugar na preferência dos usuários, tendo cerca de 1200 acessos diários segundo o site Distrowatch. Foi lançada pela empresa Suse Linux, adquirida pela Novell em meados de 2003.

Seu utilitário de administração de pacotes YaST é considerado como um dos melhores aplicativos do gênero e utiliza a extensão de pacotes rpm.



PCLinuxOS

Essa distribuição utiliza o KDE como interface gráfica e é uma versão leve derivada do Mandriva. Possui versão para 64 bits.

Sua característica principal é a facilidade de uso e suporte a diversos drivers multmídia proprietários.



Debian

Essa versão começou sua história em 1993 e trata-se de uma distribuição da qual várias outras se originaram. É considerada uma das versões mais bem testadas e livres de bugs do Linux. Entretanto, sua distro é mais voltada para usuários mais experientes.

Ela utiliza todos os seus aplicativos de código aberto e, por isso, pode ocorrer falta de compatibilidade com códigos proprietários de dispositivos de hardware.

Seu ciclo de atualização é trienal e sua extensão de pacotes é .deb.


Mandriva

Anteriormente conhecida como Mandrake, essa distribuição possui um aplicativo de administração muito bom e softwares de última geração. Possui versão 64 bits e foi uma das primeiras distros a aderirem aos netbooks com suporte automático.

A empresa proprietária desse Linux é francesa a atualmente possui várias soluções de software utilizando o Mandriva.



Sabayon Gentoo


É uma versão italiana do Linux distro Gentoo, executada a partir de um CD e que permite a personalização de seus componentes. É direcionada para usuários mais experientes.


Aceita Gnome 3.8, KDE 4.11, possui versões para 32 e 64 bits.

Slackware



O Slackware é uma distro voltada para usuários experientes. Sua primeira distribuição data de 1993, atualmente possui versões para 32 e 64 bits. Possui uma comunidade que presta suporte a dúvidas e resolução de problemas encontrados na instalação e configuração.


O funcionamento essencial do Linux


O Linux (ao contrário do velho concorrente MS-DOS), usa uma "central" de interpretação de comandos. Ao iniciar o kernel (núcleo) básico do sistema, o Linux roda alguns pequenos aplicativos para lidar com algumas tarefas essenciais, como esperar o login do usuário, por exemplo. Quando você faz isso (se não estiver usando um gerenciador gráfico de login e não tem o X Windows ajustado para começar automaticamente), uma linha de comando, semelhante ao prompt do DOS, aparece. E assim para todos os aplicativos do Linux, existem alternativas via linha de comando.

Mas se o Linux não possui um conjunto de linhas de comando, como é que o usuário consegue dar instruções a ele? De forma simples, cada comando digitado no Linux chama um aplicativo separado que está armazenado no HD. A grande vantagem desse método é que os comandos podem ser modificados com facilidade. Um programador pode analisar o código-fonte e reescrever os comandos da forma que quiser. Vale a pena mencionar que a quantidade de comandos existentes no Linux, depende de sua distribuição e da quantidade de aplicativos instalados.

Veja também como instalar pacotes de programas no Linux



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